Meninas de todas as idades estão convidadas a participar de um workshop gratuito para aprender, de forma prática, como funciona a web e a criar suas próprias páginas. O evento faz parte da programação do Mês da Mulher e acontece no próximo sábado, a partir das 9h, no Senac, em Maceió.
No #WMC2016, a ideia é promover o empoderamento feminino na tecnologia, estimulando a participação e o aprendizado colaborativo. Aqui na capital alagoana, a iniciativa está sendo organizada por voluntárias integrantes da comunidade Mozilla Brasil, que possui projetos específicos para o público.
Para participar, basta efetuar a inscrição. Não é necessário ter conhecimento sobre programação nem levar computador. As atividades serão realizadas simultaneamente em 3 laboratórios, com instrutoras à disposição.
Programação:
09:00 – 09:30: Como a web funciona?
09:30 – 11:00: Hands-on! Iremos te mostrar o que é uma página HTML e como ela funciona.
11:00 – 11:30: Pausa para o coffee-break.
11:30 – 13:00: Agora que você sabe construir suas próprias páginas web, iremos te ensinar como estilizá-las!
INCRIÇÕES AQUI! VAGAS LIMITADAS.
Em entrevista exclusiva para o Alagoas Digital, Marina Limeira, uma das organizadoras que também será instrutora do workshop, contou como serão desenvolvidas as atividades e como surgiu seu interesse no tema.
Natural de Palmeira dos Índios, Marina hoje mora em Maceió, é estudante de Ciência da Computação na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e trabalha como Quality Assurance Developer na empesa americana Tidy.
AD: Há quanto tempo você é voluntária? Como e por que surgiu o interesse no projeto?
“Sou voluntária na Mozilla Brasil há mais de um ano. O projeto surgiu dentro do WoMoz (Women & Mozilla), que possui foco no empoderamento feminino na tecnologia, que é o mesmo objetivo do WoMakersCode. Tive uma experiência parecida quando organizei o Rails Girls Maceió no final do ano passado, percebi que a partir do momento que você diz ‘vai ter um evento focado em ensinar alguma tecnologia para mulheres’, elas se interessam e fazem questão de ir. Os feedbacks do Rails Girls foram muito bons, já que a maior parte das meninas que estavam lá terminaram o dia falando coisas como ‘nossa, nunca pensei que fosse tão fácil!’, o que me incentivou a continuar a trabalhar em projetos relacionados.”
AD: A inclusão feminina na área de tecnologia vem sendo ampliada e bastante discutida. No entanto ainda existe uma grande maioria de homens trabalhando no setor. Qual a sua opinião sobre as possibilidades para as mulheres alagoanas nesta área?
“O mercado de TI hoje está cheio de oportunidades, tanto que é um dos poucos que não foi afetado pela crise. Isso acontece não só aqui em Alagoas, mas pelo mundo afora também. A triste realidade local é que apenas uma mínima parcela dessas pessoas é formada por mulheres, o que é bem visível em uma pesquisa que foi feita com profissionais da área em 2014.
É importante lembrar que as opções não se limitam a ser desenvolvedora, é possível trabalhar com qualidade de software, análise de dados, administração de sistemas etc. Enfim, o fato de não gostar/conseguir trabalhar com código não deve ser um fator para impedir ninguém de continuar nessa área!”
#DICA
Para as meninas que se interessam pelo tema, recomendo o blog Mulheres na Computação, criado por Camila Achutti, uma das líderes do movimento por igualdade de gêneros no mercado de TI aqui no Brasil.