Tenho lido um bocado sobre a relação entre os taxistas e o aplicativo de transporte privado Uber. Resolvi elencar 5 motivos que vão ajudar a entender a polêmica entre os dois.
1 – O modelo de negócio
Uber: O Uber é um aplicativo de smartphone, criado em 2009, que conecta motoristas bem avaliados e pessoas que precisam de transporte seguro e sofisticado.
Táxi: Pela central, por aplicativo ou na rua. O taxi é o modelo mais tradicional de transporte urbano e é licenciado pelas prefeituras.
2 – O patrão
No Uber, o aplicativo conecta o motorista (dono do carro) e repassa pra ele o valor das viagens, com desconto de 20 a 25% a depender do tipo de carro.
No táxi, o motorista recebe o valor integral da corrida, mas deve arcar com a licença de circulação, filiação à frota e impostos.
3 – O carro
No Uber, o carro é do motorista que o adquire por conta própria.
Já o dono da licença compra seu táxi com desconto de pelo menos 30%.
4 – O serviço
No Uber, o passageiro escolhe o tipo de carro desejado (de básico a luxo), tem direito a serviço de bordo (bebidas e balas) e paga pelo cartão de crédito vinculado ao aplicativo. A tarifa é calculada considerando tarifa base, minutos e quilômetros.
No táxi, o passageiro pode pagar em dinheiro, débito ou crédito. O serviço de bordo depende do motorista e a escolha do carro não é frequente. A tarifa é tabelada por município e exibida no taxímetro, considerando bandeirada, tempo e Kms percorridos.
5 – A briga
Disponível em apenas 5 municípios brasileiros, o Uber já provoca polêmica entre os taxistas e prefeituras que afirmam que:
- O Uber recolhe menos impostos e, por isso, impacta as prefeituras e os taxistas que concorrem com preço mais alto.
- O Uber não é regulamentado nas cidades, o que dificultaria a fiscalização.
Os defensores dizem que:
- O modelo disruptivo do Uber reduz o número de carros nas cidades, facilitando a mobilidade urbana
- O Uber permite a geração de negócio e distribuição de renda entre os motoristas cadastrados.